sábado, 25 de maio de 2013

Parte dos meus escritos

Por Solange Bruni

O IMPACTO DAS DIFERENÇAS NAS RELAÇÕES HUMANAS: encontros e desencontros na Educação para as Relações Étnicorraciais (TCC  UFSCAR  2013)


Alteridade é perceber a diferença e a identidade dos sujeitos, quem eu sou, quem é o outro, e ser capaz de colocar-se no lugar do outro, ainda que existam diferenças físicas, culturais ou psíquicas.  É lidar com estes aspectos, transformando o  que pensamos e a maneira como nos relacionamos sem perder a compreensão de quem somos, mas sendo capazes de adquirir empatia numa relação alteritária, isto é, aprendendo a acolher o outro e a construir nas diferenças, relações equânimes e interdependentes.
A alteridade é a proposta estratégica para a convivência sadia e respeitosa entre as diferenças. Basta um olhar menos Narciso, menos etnocêntrico, sem resistências que desencadeiam nos desencontros, mas um olhar de infinito acolhimento para os encontros, ávidos pelas descobertas e aprendizagens que as diferenças que estão nesses “outros”, podem proporcionar.

                               

O Vazio de Sara


Por Solange Bruni



Ela estava sozinha. Olhou pela janela num dia lindo, ensolarado e claro. Os seus olhos estavam nublando aquele cenário pela respiração próxima a janela. Pensava como seria maravilhoso aproveitar aquele momento em um passeio especial, com uma pessoa especial, em lugares também especiais. Mas nada parecia diferente ali, parada, olhando a janela, vaporizando a vidraça e sentindo o calor de uma lágrima quente. Um vazio que foi tão forte a ponto de ser capaz de sustentar o preenchimento de uma presença plena. O instante em que o nada é tudo. Foi um segundo mágico, em que a solidão foi preenchida com uma presença densa. A voz da consciência se vez ouvir: “Criador desse lindo céu, preenche esse meu vazio”.  Nada poderia ser mais pleno e perfeito. Num suspiro profundo, uma convicção de presença. Ele escutou. Foi transportada naquela imensidão azul para o lugar calmo, vazio aos olhos, mas denso em sensação de completude, como se o tempo parasse e num piscar de olhos se eternizasse o momento num simples “clic” fotográfico, mas não havia nenhuma máquina ou recurso visual. Porém, há de se compreender que algum recurso, desconhecido por ela, foi ali utilizado a ponto de marcar tão profundamente a lembrança em sensação e convicção. Que recurso seria esse, tão intensamente forte e poderoso e tão singelamente invisível? Ignorado pela sua compreensão?
            Alguém chamou:
_ Sara.
Imersa naquele momento vazio, nada respondeu, estava como que imersa numa paz.
_Sara. (Chamou novamente a mãe dessa jovem moça com pouco mais de 16 anos.) Venha almoçar!
O almoço continuou em silencio. Um silêncio bom, sem nenhuma culpa por não iniciar uma conversa qualquer, sem nenhuma profundidade. O sabor daquele almoço foi diferente, embora sem nenhuma mudança de cardápio ou temperos, tudo parecia bom. E o dia seguiu seu curso, sem nenhum acontecimento diferente. Tudo igual, mas tudo diferente!
Dias seguintes e a rotina continuava. Ia para a escola, se relacionava com amigos, mantinha bom relacionamento com a mãe, mas não se submetia a tudo que o pai exigia, a não ser que lhe pudesse causar algum prejuízo. Estava aprendendo a lição da convivência sendo simpática e adorável aos olhos da maioria, mas com posicionamentos pessoais importantes que não davam margem a que alguém achasse que ela era dominada por quem quer que fosse. A rotina era dolorosa e Sara sentia-se presa, o que lhe causava grande incômodo. Numa tentativa de quebrar a rotina e desafiar as regras, provocava risos dos que estavam mais próximos com comportamentos engraçados e estúpidos. Isso aliviava sua sensação de mesmice e melhorava, em muito seu humor, embora sua imagem para os outros fosse de uma pessoa distraída, maluquinha, imatura, tola. Mesmo que percebesse isso, ainda assim, preferia continuar desafiando a maldita rotina incomoda, não se importando com o julgamento dos outros.
Era uma menina cheia de energia, mas com uma dose de letargia que vinha de sua insatisfação pela vida. Insatisfação que não lhe paralisava, mas também não lhe conformava. Embora fugisse de tudo que tentasse fazê-la igual aos outros, buscava reproduzir em si mesma, o que acreditava ser bom.
Sara era contraditória, pois mesmo que fugindo da mesmice, ela promovia, a si mesma, certas rotinas, desde que estas lhe trouxessem aquela sensação de “vazio pleno” que havia experimentado naquela manhã ensolarada e solitária. Buscava aquele momento com avidez, precisava daquilo para tentar compreender o que foi que a preencheu.
Descobriu um lugar em sua cidade, um parque, calmo, onde haviam monumentos, coretos, locais de descanso, enfim, um lugar onde começaria a buscar intensamente e rotineiramente, o recurso para mergulhar no seu vazio e sentir-se plena pela presença daquele ser pleno! Todos os dias, depois de sua escola, passava pelo parque, encontrava o lugar mais solitário e ali fechava os olhos, buscando seu vazio para tentar preencher. Nada acontecia. Fazia longas orações e nada. Dizia versos prontos e nada. Reproduzia canções, poemas, salmos... Nada. Apenas saia mais tranquila, como num relaxamento “zen” . Até que num dia qualquer, dessa rotina estabelecida por quem detestava rotinas, Sara foi ao parque e não esperou nada. Sentiu-se ridícula, percebeu que não conseguia simular a mesma sensação de novo. Olhou pra si mesma e não  fez nada. E ali, a toa, meio chateada, sem que fizesse qualquer esforço, ela redescobriu seu vazio! Viu que não havia nada nela mesma que pudesse produzir o vazio. Não precisava fechar os olhos, não precisava mentalizar sensações e sentimentos, nem ficar dizendo mantras, rezas ou orações decoradas. Quanto mais ela tentava produzir um vazio, mais ela se afastava dele. Quando ela simplesmente parou de tentar forjar aquele momento tão incrível vivido frente a sua janela, então se fez o vazio. Respirou fundo, sentiu-se só. Olhou a paisagem bonita e viu nela o mesmo de sempre. Viu que procurava algo que não conseguia achar. Ela olhou ao céu e disse:
_Criador da vida, preenche esse meu vazio!

Nesse momento, uma pombinha veio voando suavemente em sua direção e pousou ao seu lado. A pombinha ficou ali com Sara por alguns segundos. O bastante para que o mundo parasse, ela fosse transportada para um momento eternizado, como num “clic”. Uma convicção de presença lhe tomou. Ele ouviu! Sara chorou! 

Retomando e Incluindo Adinkra


Fiz essa página, pois estava fazendo um curso e precisava aprender a fazer um Blog. Aprendi! Mas, terminando o curso, parei de fazer publicações. Agora decidi retomar, já que sofri um acidente tolo, quebrei a perna, fratura exposta, estou aqui no zapping, acho que é uma ideia retomar as publicações, dar outra cara para o “Incluindo amor”. Vou incluir......um pouco mais...
Saí da Prefeitura de Santo André. Meu trabalho de Inclusão está no meu coração.  Sem obrigação, sem política, sem pressões nem desgostos. Apenas um coração disposto a incluir.
Nos meus estudos sobre a Educação para as Relações Étnico-Raciais, eu pesquisei sobre a linguagem escrita de alguns povos africanos.
ADINKRA : símbolos que representam provérbios populares e máximas, o registro de eventos históricos, manifestação de atitudes, comportamentos ou conceitos que eram produzidos em panos de algodão em Gana e Costa do Marfim.  Um dos símbolos é do amor.
Então,  INCLUINDO......



AMOR
                                                                                       FORÇA DO AMOR








AMOR E HARMONIA E


                                     PRESENÇA E PROTEÇÃO DE DEUS













Outros símbolos-  disponível em: http://www.youblisher.com/p/19951-Prettobasico-Simbolos-e-Seus-Significados/

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PROJETO : ARTETERAPIA E TECNOLOGIA



Projeto: Arteterapia e Tecnologia
            “Na arteterapia trabalhamos com os chamados mediadores de expressão (artes plásticas, teatro, dança, música, jogos cooperativos, contos de fada, etc.), que facilitam o trabalho terapêutico ao permitir que o indivíduo expresse o seu Eu interior de forma não-verbal.” (Toscanini)
            Objetivo Geral:
Desenvolver habilidades cognitivas, sociais e afetivas através da arteterapia enfatizando  o interesse pelas relações existentes nos sistemas de domínio pessoal e no âmbito social.
Utilizar tecnologia Web 2.0 – Vídeo youTube – para desenvolver a comunicação e ampliar caminhos para desenvolver a criatividade de maneira atraente, flexível e eficiente.
Objetivos Específicos:
Ø  Aumentar a consciência e a auto-estima
Ø  Estimular a imaginação e a criatividade
Ø  Expressar sentimentos difíceis de verbalizar
Ø  Identificar sentimentos e bloqueios na expressão emocional e afetiva
Ø  Explorar novas formas de expressão
Ø  Possibilitar o autoconhecimento
Ø  Desenvolver o interesse e a concentração
Ø  Estimular o uso de recursos tecnológicos

Atividades Desenvolvidas:
Ø  Artes: cênicas, visuais e musicais

Materiais utilizados:

Ø   Aparelho de som : Música de Moraes Moreira: Lenda de Pégaso
Ø    Notebook  com modem e multimídia
Ø   Instrumento Musical: Pandeiro
Ø  Criação de máscara e asas: Máscara- um bico construído com rolinho de papel higiênico encapado com papel amarelo, representando o pássaro feio e uma asa com colagem de penas representando todas as aves e o próprio Pégaso.


Desenvolvimento da atividade e diálogo interior :

Ø  Ouvi a história  do Pégaso através do vídeo : http://www.youtube.com/watch?v=uThfgQzeugQ : Achei a história maravilhosa e me coloquei no lugar do passarinho feio, buscando encontrar-me e imaginando quantas vezes deixei de ser eu mesma por considerar o externo mais importante.
Ø  Utilizei recursos da Web e me senti “empoderada” por poder encontrar a melhor interpretação e o melhor vídeo.
Ø  Imaginei como poderia fazer um bico que representasse o passarinho feio e como eu poderia fazer uma asa de Pégaso: Foi muito bom usar a criatividade e proporcionar-me um momento de expressão simbólica
Ø  Confeccionei o material: Utilizar minha energia na criação me relaxou e me senti bem, achei bonito e  senti a auto estima sendo alimentada!
Ø  Ouvi a música de Moraes Moreira: http://www.youtube.com/watch?v=uY1wm_kcCng&feature=related
Até chorei ao ouvir a música, pois me trouxe muitas lembranças de minha vida,  momentos em que eu passei, que ora parecia um canarinho e ,ora de fato, eu pareci um abutre! Reconheci que muitas mágoas produziram  um afastamento de mim mesma, enquanto ser individual e quantas vezes tive sentimentos negativos a respeito de minhas possibilidades, minhas habilidades e meu próprio jeito de ser. Reconheci Deus falando comigo e me dizendo: “Seja quem Eu criei!” Foi maravilhoso!
Ø  Cantei e acompanhei a música com o pandeiro – Um ensaio delicioso de expressão e liberação de energia!
Ø  Coloquei o bico e a asa. Dancei, representando cada ave, tentando me apropriar da característica própria de cada um e do sentimento que cada um me passa (me senti maravilhosamente bem!).
Ø  Ao final, retirei o bico, sendo eu mesma! Com asas como um Pégaso!: Numa “brincadeira cênica” de forte expressividade física e libertação!
Ø  Observação: Utilizei a atividade junto a alunos com deficiência intelectual e foi muito interessante como se apropriaram dos momentos de criação e como se expressaram com liberdade! Alguns deles também conseguiram expressar o que já os havia magoado e quanto era bom “deixar as mágoas” e ser felizes. Foi muito bonito! Alguns se expressaram melhor apenas fazendo as atividades manuais, outros se divertiram dançando, mas todos adoraram tocar instrumentos e participaram ativamente de todo movimento de aprendizagem em como utilizar o computador e as ferramentas de pesquisa da Web (até combinando quem iria utilizar primeiro o note!)  
Ø  FOI MARAVILHOSO!
           
Avaliação:

            Me senti viva, produtiva, em sintonia com Deus e harmonizada interiormente. Muito gostoso!
            Em relação aos alunos: Percebi prazer, alegria e atenção na realização das tarefas. Percebo aumento da auto estima e da auto confiança. Sinto-me realizada com o trabalho, embora encontre muitos desafios!


                                                               Solange Bruni

Cidade de Santo André

Prefeitura Santo André


Com 673 mil habitantes, a Cidade de Santo André integra a Região Metropolitana de São Paulo.
A cidade conta com mais de 30.000 estudantes matriculados nas modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos. A Educação zela por ser inclusiva e garantir que todas as crianças sejam matriculadas. Entre as  Unidades Escolares temos Salas de Recursos Multifuncionais com Atendimento Educacional Especializado, para alunos com deficiência auditiva, visual, física e intelectual e também para alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Amo minha cidade e amo o trabalho do qual sou colaboradora nos Atendimentos e na Inclusão.

Diretrizes Operacionais AEE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
RESOLUÇÃO N.º 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009

Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.

O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais, de conformidade com o disposto na alínea "c" do artigo 9º da Lei Nº 4.024/1961, com a redação dada pela Lei Nº 9.131/1995, bem como no artigo 90, no § 1º do artigo 8º e no § 1º do artigo 9º da Lei Nº 9.394/1996, considerando a Constitui-ção Federal de 1988; a Lei Nº 10.098/2000; a Lei Nº 10.436/2002; a Lei Nº 11.494/2007; o Decreto Nº 3.956/2001; o Decreto Nº 5.296/2004; o DecretoNº 5.626/2005; o Decreto Nº 6.253/2007; o Decreto Nº 6.571/2008; e o De-creto Legislativo Nº 186/2008, e com fundamento no Parecer CNE/CEB Nº 13/2009, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 24 de setembro de 2009, resolve:
Art. 1º Para a implementação do Decreto Nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globaisdo desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes co-muns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de insti-tuições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a for-mação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos deacessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plenaparticipação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na educação aqueles que asseguram condições de acessoao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, pro-movendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espa-ços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação einformação, dos transportes e dos demais serviços.
Art. 3ºAEducação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalida-des de ensino, tendo o AEE como parte integrante do processo educacional.
Art. 4º Para fins destas Diretrizes, considera-se público-alvo do AEE:I -Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial.II -Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apre-sentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, sín-drome deAsperger, síndrome de ReN, transtorno desintegrativo da infân-cia (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação. III -Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apre-sentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, lide-rança, psicomotora, artes e criatividade.

Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multi-funcionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, noturno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes co-muns, podendo ser realizado, também, em centro de AtendimentoEducacional Especializado da rede pública ou de instituições comuni-tárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadascom a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Dis-trito Federal ou dos Municípios.
Art. 6º Em casos de Atendimento Educacional Especializado em ambientehospitalar ou domiciliar, será ofertada aos alunos, pelo respectivo sistema de ensino, a Educação Especial de forma complementar ou suplementar.
Art. 7º Os alunos com altas habilidades/superdotação terão suas ativi-dades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de esco-las públicas de ensino regular em interface com os núcleos de atividades para altas habilidades/superdotação e com as instituições deensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoçãoda pesquisa, das artes e dos esportes.
Art. 8º Serão contabilizados duplamente, no âmbito do FUNDEB, de acordo com o Decreto Nº 6.571/2008, os alunos matriculados em classe comum de ensino regular público que tiverem matrícula concomitante no AEE.
Parágrafo único. O financiamento da matrícula no AEE é condicionado  à matrícula no ensino regular da rede pública, conforme registro no Censo Escolar/MEC/INEP do ano anterior, sendo contemplada:
a)matrícula em classe comum e em sala de recursos multifuncionaisda mesma escola pública;
b)matrícula em classe comum e em sala de recursos multifuncionais de outra escola pública;
c)matrícula em classe comum e em centro de Atendimento Educacional Especializado de instituição de Educação Especial pública;
d) matrícula em classe comum e em centro de Atendimento Educacional Especializado de instituições de Educação Especial comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Art. 9ºAelaboração e a execução do plano deAEE são de competência dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento.
Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização:
I -sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
II -matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola;
III - cronograma de atendimento aos alunos;
IV - plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, efinição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;
V - professores para o exercício da docência do AEE;
VI - outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção;
VII - redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos,  entre outros que maximizem o AEE.
Parágrafo único. Os profissionais referidos no inciso VI atuam com os alunos público-alvo da Educação Especial em todas as atividades escolares nas quais se fizerem necessários.
Art. 11. A proposta de AEE, prevista no projeto pedagógico do centro de Atendimento Educacional Especializado público ou privado sem fins lucrativos, conveniado para essa finalidade, deve ser aprovada pela respectiva Secretaria de Educação ou órgão equivalente, contemplando a organização disposta no artigo 10 desta Resolução.
Parágrafo único. Os centros de Atendimento Educacional Especializado devem cumprir as exigências legais estabelecidas pelo Conselho de Educação do respectivo sistema de ensino, quanto ao seu credenciamento,  autorização de funcionamento e organização, em consonância  com as orientações preconizadas nestas Diretrizes Operacionais.
Art. 12. Para atuação noAEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica para a Educação Especial.
Art.13.SãoatribuiçõesdoprofessordoAtendimentoEducacionalEspecializado:
I - identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos,  de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;
II - elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III -organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais;
IV - acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos  e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular,  bem como em outros ambientes da escola;
V - estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI - orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII - ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;
VIII -estabelecer articulação com os professores da sala de aula  comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos  e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
Art. 14. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.